Revitalização Canal de Marapendi

Revitalização Canal de Marapendi

Em outubro de 2019, a Secretaria do Meio Ambiente, em reunião na CCBT, apresentou o projeto que busca a proteção e o equilíbrio do ecossistema do Canal de Marapendi. Participaram do encontro moradores e associações. Diante de alguns questionamentos da população várias dúvidas surgiram e mais uma vez a CCBT abriu espaço para a discussão. No último dia 28, o Engenheiro Florestal da Biovert (empresa responsável pela execução projeto), Marcelo de Carvalho esclareceu algumas dúvidas e fez alguns apontamentos importantes, que influenciarão diretamente no cronograma do processo.

À mesa,  Luiz Edmundo (CCBT) e Cleo Pagliosa (CCBT), Cristina Queiroga (SOS Lagoas), Marcelo de Carvalho (Biovert), Jeferson Pecin (Engenheiro Florestal da Secretaria de Meio Ambiente) e Márcia Costa (Diretora do Centro de Educação Ambiental da Secretaria).

“A Biovert, em parceria com a SOS Lagoas, iniciou em meados de Setembro um projeto de recuperação ambiental às margens do Canal de Marapendi. A iniciativa, custeada por meio de compensações ambientais, é um projeto da Prefeitura do Rio de Janeiro, ligado à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC), financiado por meio de recursos privados oriundos das compensações ambientais de empresas instaladas no município do RJ e tem o objetivo principal de revitalizar o local substituindo a flora exótica invasora por vegetação nativa. Esse trabalho de substituição de exóticas, cabe ressaltar, é uma diretriz do Plano Diretor de Arborização Urbana da Cidade do Rio de Janeiro”.

O trabalho será realizado em etapas. A Biovert é a responsável pelo projeto ambiental e cabe à SOS Lagoas a promoção de informações à população por meio da educação ambiental e esclarecimento do procedimento ambiental . Palestras junto à comunidade e ações de educação ambiental irão acompanhar a realização do trabalho, em busca de total transparência e respeito à comunidade, que ainda contará com placas informativas distribuídas pelo canal.

No planejamento, estão inseridos ainda: os mutirões para conscientização, inventário de flora, inventário de fauna, substituição das espécies nativas, limpeza e manutenção da área através de roçada, distribuição de mudas nativas e adubação. “Os moradores podem ajudar nesse processo não descartando resíduo no Canal e participando dos mutirões de limpeza”, destacou Cristina, que ainda esclareceu que os mutirões são importantes para alcançar objetivos, como esse da recuperação e quem sabe em breve, gerar mudanças na política de saneamento básico da cidade.

Nesses primeiros meses de trabalho foram registradas 20 espécies de animais e 4898 árvores. No inventário florístico foi constatado que 74% das espécies são exóticas, sendo 46% de leucenas, 12% de amendoeiras e 2% de figueiras. Os outros 21 % são de espécies nativas.

A preocupação dos moradores é o corte das árvores e para tranquilizar, a Prefeitura se comprometeu em não tomar nenhuma medida, sem antes haver um diálogo. De acordo com o andamento do projeto, serão marcadas novas reuniões para esclarecer dúvidas da população e definir os próximos passos do processo.

A partir de agora será feito o recolhimento do lixo, a retirada de galhos e troncos secos, a retirada da vegetação invasora e uma poda para a ventilação e entrada de luz solar. Estas ações se sucederão até o fim de março. Em seguida, a empresa terá condições de mapear as invasoras que poderão ser substituídas. Antes da substituição será marcada uma nova reunião com a população.

 

 

 

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